sábado, 22 de maio de 2010

A FIFA altera a interpretação da Regra 14 e proíbe o “paradão” nas cobranças de pênalti a partir de 1º de junho de 2010

A International Board, órgão ligado à FIFA responsável pela regulamentação das regras do futebol, reuniu-se no último dia 18 de maio, em Zurique, e anunciou mudanças no texto da regra da cobrança de pênalti.



A partir de 1º de junho, está proibido a “paradinha” lance em que o jogador finge o chute para enganar o goleiro rival ao cobrar um tiro penal. A nova determinação já estará valendo na Copa do Mundo da África do Sul.
De acordo com o novo texto da Regra 14, o infrator deve ser punido pelo árbitro com o cartão amarelo. O cobrador do tiro penal poderá fazer paradas ao longo de sua corrida, mas uma vez que tenha chegado à bola, a cobrança deve ser imediata.
O novo texto referente à Regra 14 é o seguinte:
"Fintar na corrida para uma cobrança de pênalti para confundir os oponentes é permitido, entretanto, fintar ao chutar a bola, uma vez que o cobrador já encerrou sua corrida, é considerada agora uma infração à Regra 14 e um ato antidesportivo, pelo qual o jogador deve ser advertido."

Héber Roberto Lopes se antecipa e aplica nova lei da paradinha no jogo entre Vitória x Atlético GO pelas semifinais da Copa do Brasil



O Árbitro da FIFA Héber Roberto Lopes, eleito o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro em 2009, se antecipou as decisões tomadas pela FIFA na última terça-feira, em Zurique e a International Board, sobre a questão da paradinha.
A decisão de repetir a cobrança do tiro penal e advertir o goleiro Viáfara, do Vitória na última quarta feira em Salvador, está em perfeita sintonia com o novo texto da Regra 14 alterado pela FIFA. Porém o árbitro precipitou-se já que a nova regra será válida somente a partir do dia 1º de junho e até esta data, segue valendo a “paradinha”.
Para aumentar a discussão, o cartão aplicado ao goleiro do Vitória, é o terceiro na competição e com isso, ela está fora do primeiro jogo da final da Copa do Brasil contra a equipe do Santos.
Árbitros atrás dos gols
Outra decisão tomada pela International Board, diz respeito aos árbitros atrás dos gols.
A partir de agora, os países que quiserem poderão adotar mais dois árbitros auxiliares pelo período de dois anos, a partir de 1º de julho deste ano.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Os árbitros brasileiros em Copas do Mundo


Carlos Eugênio Simon


Arnaldo Cesar Coelho


Romualdo Arpi Filho

A Copa do Mundo de Futebol começa no dia 11 de junho na África do Sul e o árbitro escolhido pela FIFA para representar o Brasil será o gaúcho, Carlos Eugênio Simon, que aos 44 anos, se prepara para trabalhar em sua terceira Copa do Mundo consecutiva, fato inédito até então.

Carlos Eugênio Simon apitou dois jogos no Mundial no Japão / Coréia do Sul, em 2002. Foram dois empates: Inglaterra 1 x 1 Suécia e Itália 1 x 1 México.

Quatro anos mais tarde, no Mundial disputado na Alemanha, Carlos Eugênio Simon trabalhou em três partidas: Itália 2 x 0 Gana, Espanha 3 x 1 Tunísia e Alemanha 2 x 0 Suécia (Oitavas de final).

Para que Simon apite a final da Copa do Mundo da África do Sul este ano, a seleção brasileira deverá fracassar, pois um árbitro não pode trabalhar em uma partida que esteja envolvida a seleção de seu país de origem.

Em 1982, na Copa do Mundo da Espanha, a seleção brasileira foi eliminada pela seleção da Itália, porém Arnaldo Cesar Coelho colocou seu nome na história dos Mundiais, ao se tornar o primeiro árbitro brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo. Ele apitou o jogo no qual os italianos venceram os alemães por 3 a 1 e se sagraram tricampeões mundiais.

No Mundial seguinte disputado no México em 1986, Romualdo Arpi Filho apitou a decisão entre Argentina e Alemanha, vencida pelos sul-americanos por 3 a 2, sendo o último árbitro brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo.

domingo, 9 de maio de 2010

O cuidado com a saúde dos atletas




Uma tragédia marcou a sexta rodada do returno da Série B do Campeonato Carioca. O jogador Fred, do Mesquita, morreu na tarde deste sábado 08 de maio após sofrer uma parada cardíaca em campo durante a partida contra o Cabofriense, no estádio Alair Corrêa, em Cabo Frio.
Aos 30 minutos do primeiro tempo, o jogador de 26 anos caiu subitamente no gramado. Após ser atendido em campo pelo médico do Mesquita, o atleta foi levado pela ambulância que estava no estádio para o Hospital Central de Emergência de Cabo Frio, onde já chegou sem vida.
Este caso nos faz lembrar o ex jogador Serginho, do São Caetano, que também sofreu uma parada cardíaca durante a realização de uma partida pelo Campeonato Brasileiro de 2004 contra o São Paulo no Estádio do Morumbi.
Recentemente, o futebol mundial apresentou vários casos de jogadores que tiveram mortes súbitas no gramado. Os mais famosos, junto com o de Serginho, são os do camaronês Marc-Vivien Foe e do húngaro Miklos Ferrer.

Os dois morreram de parada cardíaca quando estavam atuando. Foe disputava a Copa das Confederações com a seleção camaronesa. Já Feher jogava pelo Benfica no Campeonato Português.
Após a tragédia com o Serginho, outras equipes abriram os olhos para a situação da saúde de seus jogadores e apenas no ano de 2004 dois clubes afastaram jogadores dos gramados para que estes se tratassem de doenças de coração. Este é o caso de Bebeto Campos, ex-Paysandu e de Emerson, ex-Grêmio. Além deles, outro caso famoso é de Filipe Alvim, que largou os gramados após uma passagem pelo Corinthians, alguns anos depois.
Os estádios brasileiros precisaram dar uma atenção maior à presença de ambulâncias dentro do gramado, e o árbitro da partida não pode iniciá-la, sem a presença de uma ambulância com desfibrilador e médico para cada 10.000 torcedores, uma exigência do Estatuto do Torcedor.