domingo, 5 de dezembro de 2010

Carlos Simon: ‘Ninguém nunca tentou me comprar’ Fluminense x Guarani vai ser último jogo do juiz de três Copas


Publicado pelo site Lance!Net em 04/12/2010.
Por: Léo Burlá

Quando apitar o fim da partida entre Fluminense e Guarani neste domingo, o árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon também colocará o ponto final em uma trajetória de 27 anos e 1.197 jogos. Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, ele fez um balanço de sua vida dentro dos gramados:
– Tive mais acertos do que erros.
Concentrado para a hora do apito final, ele revelou que estuda convites. Confira a íntegra do papo com o mais importante juiz brasileiro dos últimos anos.

Um árbitro se prepara para a aposentadoria?
Árbitro tem idade-limite, portanto, sabia que pararia aos 45 anos. Mas 27 anos não são 27 dias. Será uma emoção muito grande.

Apitar o jogo que poderá decidir o título brasileiro é um fecho com chave de ouro?
Com todo o respeito aos profissionais do Fluminense e do Guarani, o jogo é decidido em campo. Não penso em nada que não seja um jogo perfeito neste domingo.

O que faltou para você apitar uma final de Copa?
Estávamos cotados para 2010, mas isto não depende da gente. Entenderam que o inglês (Howard Webb) deveria apitar.

Você se considera o maior entre todos os juízes brasileiros? Sua longevidade deve-se ao baixo nível da arbitragem nacional?

Não me considero acima de todos. Fui apenas um sujeito que trabalhou demais. Tivemos grandes árbitros como o Arnaldo Cézar Coelho, o José Roberto Wright e o Agomar Martins. O material humano é bom, é preciso lapidá-lo.

Como avalia o trabalho de Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF?
Ele vem tentando, é um trabalhador. Há um processo de renovação, mas temos muito o que evoluir. Temos de acabar com o sorteio, regulamentar a profissão e profissionalizar os árbitros. Considero bom o trabalho do Sérgio.

Com o fim do sorteio, qual deveria ser o modelo adotado?

Os melhores tem de apitar os melhores jogos. O sorteio prejudicou a arbitragem nacional. O único lugar onde se faz sorteio é aqui.

Alguém já quis te comprar?
Jamais! Nunca ninguém me ofereceu nada. A corrupção não é comum na arbitragem. Houve o caso Edílson (de Carvalho, pivô de um esquema de manipulação). Só soube deste episódio.

O que achou dos últimos episódios de corrupção envolvendo o presidente Ricardo Teixeira?

Não acompanhei a fundo.
Quais serão seus passos após o término da sua carreira?

Há propostas para comentar e ser instrutor de árbitros. O presidente Lula me sondou para trabalhar na organização da Copa de 2014. Vou descansar e decidir.

Juiz do Brasileiro luta contra o tráfico e coordena ocupação do Complexo do Alemão




Publicado pelo site Uol em 01/12/2010.
Por: Luiza Oliveira
Em São Paulo

AS DUAS VIDAS DE DJALMA BELTRAMI

Beltrami coordenou uma equipe de 40 policiais entre os cerca de 2600 agentes que participaram da invasão ao conjunto de favelas no último domingo pela manhã e hastearam uma bandeira do Brasil no topo como símbolo do combate ao crime organizado.
Seu grupo conseguiu apreender uma grande quantidade de drogas, armas e prendeu dois criminosos. O tenente-coronel ainda participou de um confronto com troca de tiros no local, que resultou na morte de um traficante considerado de alto escalão.
Apesar de estar sempre em perigo, ele se sente orgulhoso das conquistas no Rio de Janeiro. “Este é um momento ímpar na nossa vida. Vivemos problemas por causa de muita coisa que deixou de ser feita. Não acabamos com a criminalidade, mas mostramos que a sociedade não perde de ninguém com as forças estatais, militares e civil unidas. Agora eles sabem que a gente entra em qualquer lugar. Os marginais achavam que isso nunca ia acontecer. Eles foram covardes e correram”, disse, em referência à fuga dos traficantes diante da invasão policial na Vila Cruzeiro, na última quinta-feira.
Beltrami tem dedicado todo o seu tempo no combate ao tráfico e teve de deixar o apito de lado pelos acontecimentos recentes que dominaram o noticiário, ganharam repercussão internacional e levaram medo à população carioca.
Desde segunda-feira (22) sua rotina foi alterada, se transformando praticamente em uma escala ininterrupta. Entre quarta-feira e sábado, não pôde sequer voltar para casa e precisou pedir dispensa junto à Comissão Nacional de Arbitragem da CBF para não ser escalado para a 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, no último fim de semana.
Pouco antes de o caos se instalar e haver a necessidade de migração para o Complexo do Alemão, Beltrami combatia os frequentes ataques a carros e ônibus na Zona Oeste, que incluem os bairros Bangu e Realengo. A área é da responsabilidade do 14º Batalhão, engloba 139km quadrados e representa a maior população para uma única área policial do Rio de Janeiro.
Mesmo após o domínio da polícia e o aparente clima de tranquilidade na cidade, os momentos tensos não terminaram para o árbitro do Brasileirão. Na segunda-feira, o dia de trabalho (que durou de 9h às 23h) contou com um novo confronto no Alemão, que culminou na morte de mais um criminoso.
Na terça-feira, a primeira atividade programada era a inauguração de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora, a chamada UPP, no Morro dos Macacos em Vila Isabel. Beltrami ainda não sabe como será a rotina nos próximos meses, mas espera que aos poucos volte ao normal.
Casado com Cristiane e pai do menino Raí, ele admite que o medo é comum na vida de sua família. “Têm sido dias difíceis. Antes trabalhava impedindo os ataques e agora há confrontos aqui no Alemão. Graças a Deus, a entrada não teve derramamento de sangue, prova do profissionalismo da polícia. A família fica muito apreensiva e a gente sente receio. Mas o medo nos faz ficar vivos.”
Com tantas obrigações em prol da defesa da sociedade, a arbitragem hoje é secundária. Desde que assumiu o batalhão, há cerca de dois anos, as responsabilidades como Militar aumentaram e os jogos no meio da semana tiveram que ser interrompidos. O ofício nos campos se tornou um hobby e um incremento no orçamento do fim do ano.
“Minha condição de Militar sempre me obrigou a ter bom condicionamento físico e o futebol é uma paixão. Mas tenho o policial dentro de mim. A arbitragem não paga as minhas contas. Serve para comprar algo a mais, trocar o carro no fim do ano...”, avalia.
Assim como no trabalho da polícia, Beltrami diz não gostar de missões fáceis no campo e considera que um emprego ajuda o outro. “Não gosto de jogo fácil. Não precisa ser o mais importante, mas são os difíceis que me dão satisfação. E aprendo muito como policial porque não há momento para o erro, pode ser fatal e custar uma vida. No campo há pressão, mas o erro do árbitro gera apenas polêmicas. Creio que lido bem com esse tipo de coisa.”

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Árbitro deixa futebol de lado e lança disco romântico



Wando que se cuide. O cantor brega tem um novo concorrente na condição de galã das solteironas de meia-idade. Alessandro Leale, de 32 anos, é árbitro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e o mais novo candidato a cantor romântico brasileiro.
Leale, na verdade, já se arriscava como cantor quando fez um curso para árbitro e começou a apitar jogos no Rio de Janeiro, especialmente na categoria de juniores e algumas partidas comemorativas com celebridades. O futebol faz parte de sua vida desde a infância, quando jogou no mirim da Portuguesa, em São Paulo. De lá foi para o Vasco da Gama, mas por necessidade Leale teve que a encerrar a carreira futebolística.
Em dezembro do ano passado, fez sua última partida como árbitro antes de pedir licença na federação. Neste mesmo ano lançou um CD promocional. Agora, Leale acaba de apresentar o disco Eu e você. O nome já deixa claro que as letras melosas e apaixonadas dão o tom da nova empreitada do árbitro.
E se você ficou curioso para conhecer as suas músicas, saiba que Leale já fez até videoclipe. Um de seu primeiro disco, chamado Apaixonante.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Árbitro admite erro grave na final da Copa do Mundo

O árbitro inglês Howard Webb, que apitou a final da Copa do Mundo da África do Sul, deu uma entrevista ao jornal britânico "The Guardian" dizendo que cometeu um erro grave na partida mais importante de sua carreira.
Segundo Webb, ele deveria ter expulsado o volante De Jong, da Holanda, após um chute dado pelo holandês no peito do espanhol Xabi Alonso, aos 25 minutos do primeiro tempo.
- Depois de ter visto outra vez, sentado em casa, ele merecia o cartão vermelho. O problema é que, no jogo, não vi bem a jogada. Estava vendo pelas costas de Alonso e embora tivesse visto o pé alto não conseguia julgar a gravidade do contato.
Webb ainda assegurou que não teria problemas em dar o cartão, mesmo em uma final de Copa do Mundo.
- Não foi por ser a final que fez com que não quisesse expulsar algum jogador. É claro que sabia que um jogo daquela natureza é o ponto mais alto da carreira de um jogador, assim como a minha. Só que não queria arriscar e tentar adivinhar o lance, quando haviam sido jogados apenas 25 minutos de jogo.
No lance, Webb não deu nem cartão amarelo para De Jong.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Fifa aprova inclusão de dois árbitros assistentes atrás dos gols



A International Board da Fifa, em reunião extraordinária na última quarta feira 21 de julho em Cardiff, no País de Gales, aprovou a solicitação de associações e confederações para utilizarem assistentes adicionais atrás dos gols em competições oficiais nas temporadas 2010/11 e 2011/12. Alguns torneios brasileiros, entre eles o Campeonato Carioca de 2011, passarão a adotar a mudança. No entanto, o uso da tecnologia para determinar se uma bola passou, ou não, a linha da baliza será discutido no encontro marcado para outubro deste ano.
A medida foi discutida depois de erro grave ter influenciado a partida entre Alemanha e Inglaterra na Copa do Mundo da África do Sul, quando um chute do inglês Frank Lampard fez a bola entrar 33 centímetros, mas o gol não foi validado pelo árbitro.
Para aceitar a experiência de incluir os assistentes, a International Board determinou quatro critérios básicos: utilização em ligas profissionais de clubes; conclusão do teste a tempo para que seja tomada uma decisão definitiva em 2012; os custos adicionais devem ser da confederação, associação ou liga em questão; obrigatoriedade de utilização em todas as partidas da competição.
De acordo com essas exigências, a entidade aprovou as solicitações das seguintes competições, desde que seguindo os critérios:
Confederação Brasileira de Futebol:
Campeonato Carioca de 2011 e Campeonato Baiano Feminino de 2010, além das Federações Paulista, Baiana e Pernambucana, que ainda não determinaram em quais competições o experimento será efetuado.
Uefa:
Liga dos Campeões 2010/11 e 2011/12, Liga Europa 2010/11 e 2011/12 e Supercopa da Uefa 2010 e 2011.
Federação Francesa de Futebol:
Copa da Liga 2010/11
Federação Mexicana de Futebol:
Torneio Clausura 2010, Torneio Apertura 2011 e Torneio Clausura 2012.
Confederação Asiática de Futebol:
Copa do Presidente da AFC 2010 (de 24 a 26 de setembro).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Arbitragem na Copa do Mundo 2010

Dois lances chamaram a atenção de todo o Mundo na última semana: o gol não validado do jogador inglês Lampard na partida entre Inglaterra e Alemanha. O árbitro da partida Jorge Larrionda não validou o gol, apesar de a bola ter ultrapassado a linha em aproximadamente 40 centímetros, na derrota da Inglaterra por 4 a 1 para a Alemanha.
O outro lance foi o gol irregular marcado por Tévez jogador da Argentina na partida contra o México validado pela arbitragem. Um dos assistentes chegou a avisar ao árbitro Roberto Rosetti sobre a posição irregular após ver o replay do lance no telão. No entanto, o árbitro manteve sua decisão. Os dois jogos foram válidos pelas oitavas de final da Copa do Mundo.




A FIFA anunciou que o uruguaio Jorge Larrionda, que não viu a bola entrar no chute de Lampard e o italiano Roberto Rosetti, que validou um gol ilegal de Tévez não irão mais trabalhar no Mundial.
A comissão de arbitragem manteve 19 trios de juízes e assistentes que trabalharam no torneio até agora ativos. Entre eles está o trio de Carlos Eugênio Simon, formado pelo árbitro gaúcho e os assistentes Altemir Hausmann e Roberto Braatz.
A FIFA reforçou instruções aos responsáveis pelas transmissões nos estádios da Copa do Mundo para que não sejam repetidas jogadas polêmicas durante as partidas da competição.
No duelo entre as seleções europeias, o replay do chute de Lampard não foi mostrado. Entretanto, o gol marcado pelo atacante argentino em posição de impedimento, foi repetido e revelou o equívoco do assistente italiano Stéfano Ayroldi.

“Uma das instruções que demos aos responsáveis pelas transmissões dos jogos para os estádios é de que as jogadas poderiam ser repetidas, mas ações polêmicas não. O que aconteceu no jogo da Argentina foi um erro. Seremos mais firmes para que não se repita”, assegurou o porta-voz da FIFA, Nicolas Maingot.

A inclusão de tecnologias no futebol parece ser algo ainda distante. A International Board, órgão que regulamenta as regras do futebol, cessou no começo do ano experimentos eletrônicos voltados ao auxílio de árbitros. Estão arquivados projetos de chips na bola, que acionariam assim que passasse a linha do gol.
Joseph Blatter presidente da FIFA, afirmou nesta terça-feira que se desculpou com os dirigentes das equipes e que as delegações de ambas as seleções aceitaram o seu pedido. "É claro que nós lamentamos quando vemos a evidência de erros de arbitragem. Óbvio que mexicanos e ingleses não estão felizes e é seu dever reclamar. Esperamos, com os dedos cruzados, que nos últimos jogos as decisões dos árbitros sejam corretas", disse o suíço.
O dirigente prometeu que a FIFA vai "reabrir o processo" sobre o uso de tecnologia de vídeo numa reunião do seu painel de elaboração de regras, que será realizada nos dias 21 e 22 de julho, em Cardiff, capital do País de Gales.
"É óbvio que, depois de tudo o que ocorreu, não teria sentido descartar uma nova conversa sobre tecnologia na reunião que teremos mês que vem", disse Blatter, mudando seu discurso de que o uso de máquinas não seria a solução ideal para o futuro do esporte.
Blatter revelou que a Adidas, fabricante das bolas usadas nas competições da FIFA, está trabalhando junto com a Universidade de Técnica de Munique para implantar um sistema de chips nas bolas. Porém, o alto custo e as dificuldades de produzir bolas em larga escala com os implementos estaria dificultando o processo.
A FIFA também vai atualizar o seu programa de treinamentos de árbitros (com o qual já gastou cerca de R$ 90 milhões, segundo Blatter) e vai estudar a colocação de mais dois auxiliares, que ficarão ao lado dos gols. A possibilidade de ter um segundo árbitro em campo, no entanto, foi descartada, assim como o uso dos telões para tirar dúvidas.
Blatter disse que a FIFA estabeleceu o prazo de outubro ou novembro para criar um novo conceito para melhorar o controle da partida pelos árbitros e assistentes "em competições de alto nível". Ele afirmou que o dossiê está "em cima da mesa presidencial".

terça-feira, 8 de junho de 2010

“Cortados” da Copa do Mundo 2010

Nos últimos dias, acompanhamos o “corte” de vários jogadores que irão disputar a Copa do Mundo na África do Sul a partir de 12 de junho, por sofrerem lesões às vésperas da estréia na Copa.



O futebol é uma modalidade de exigência física extremamente complexa. Por conta disso, apresenta uma série de ameaças distintas ao físico dos praticantes. Esse cenário é agravado pela quantidade de fatores que podem influenciar como: clima, contato físico, chuteiras ou gramados.

Abaixo alguns dos jogadores cortados nesse mundial:

Salvador Cabañas: Principal atacante da seleção do Paraguai, Cabañas foi baleado na cabeça e já é uma grande alegria aos torcedores que ele tenha escapado da morte, pois o quadro foi gravíssimo. Sem nenhuma previsão de retorno aos gramados.
David Beckham: O meia atacante sensação da seleção inglesa deu adeus a Copa de 2010 após lesionar o Tendão de Aquiles.
Rio Ferdinand: Capitão da seleção da Inglaterra, o zagueiro se machucou durante um treinamento, resultando numa lesão grave no joelho esquerdo.
Michael Ballack: O articulador da Seleção da Alemanha se machucou num jogo da Copa da Inglaterra.
Andile Jali: Meia Sul-africano, fazia parte do grupo de 29 jogadores pré-selecionados para a Copa, porém suspeitas de problemas cardiovasculares fez o técnico desistir de mantê-lo no time.

A seguir, jogadores que são dúvidas para a copa de 2010:

Andrea Pirlo: Um problema muscular na panturrilha esquerda pode impedi-lo de seguir para a África e ajudar a seleção Italiana.
Arjen Robben: O atacante Holandês machucou a perna esquerda, sozinho, após tentar uma jogada de efeito no amistoso contra a Hungria.
Drogba: Após fraturar o braço no amistoso contra o Japão, o destaque da Seleção da Costa do Marfim tenta se recuperar a tempo de enfrentar a seleção Brasileira.

Essas lesões não atingem somente os jogadores de futebol. Cada vez mais, os árbitros e seus assistentes são afetados por sérias lesões, pois as exigências quanto ao condicionamento físico estão cada vez maiores.

No dia 26 de junho do ano passado, em jogo válido pelas semifinais da Copa Libertadores da América 2009, Cruzeiro e Grêmio se enfrentaram no Mineirão.

Aos 30 minutos do segundo tempo, o árbitro chileno Henrique Osses acusou uma contusão e foi atendido pelo médico do Cruzeiro Octacílio da Matta, mas não teve condição de continuar na partida. O quarto árbitro, o também chileno Jorge Osório, assumiu o apito.

Na terça feira dia 08 de junho de 2010 a FIFA anunciou que o árbitro por coincidência também chileno Pablo Pozo, que iria apitar a partida entre Argélia e Eslovênia no próximo domingo, válido pelo grupo C, sentiu uma contusão e foi cortado da Copa do Mundo de 2010. Os assistentes Patrício Basualto e Francisco Mondria também estão fora do Mundial.

Pozo era um dos seis árbitros sul-americanos na Copa do Mundo de 2010. Além dele, também estão o brasileiro Carlos Eugenio Simon, o argentino Hector Baldassi, o colombiano Oscar Ruiz, e os uruguaios Jorge Larrionda e Martín Emilio Vázquez.

Este caso mostra que não só os jogadores podem ser cortados às vésperas de um Mundial, mas também os árbitros e seus assistentes.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A bola da celebração ou a bola da discórdia?

A bola da Copa do Mundo 2010 foi fabricada pela marca esportiva Adidas e batizada com o nome de Jabulani. Traduzindo para o português, a palavra africana Jabulani significa: celebração.



Durante a preparação das seleções, a contrariedade dos jogadores em relação à bola oficial da Copa 2010, atravessa barreira entre posições e une goleiros a atacantes.
Nos últimos dias, a bola já foi criticada por Julio César, Luís Fabiano e Felipe Melo da seleção brasileira, e pelos goleiros Iker Casillas da seleção da Espanha, Cláudio Bravo da seleção do Chile e Buffon da seleção Italiana.

Júlio César chegou a dizer que a Jabulani "parece com aquelas bolas que você compra em supermercado" e a classificou como "horrorosa".
Já o goleiro espanhol disse que "é triste que uma competição tão importante como a Copa do Mundo tenha um elemento importante (bola) com essa condição vergonhosa".
Felipe Melo disse que “a bola da Copa é uma patricinha, parece que não gosta de ser chutada”.
O atacante Luís Fabiano classificou a bola como “sobrenatural”, já que ela surpreenderia os jogadores ao mudar de trajetória de forma inesperada.
Apesar de tantas reclamações, a Adidas, fabricante da Jabulani, informou que não há nenhuma chance de mudança.
O porta-voz da Adidas, Thomas van Schaik, em comunicado oficial, afirmou que foi surpreendido com as duras críticas feitas pelo goleiros Júlio César e Casillas, pelo fato de a bola da Copa ter sido apresentada oficialmente em dezembro do ano passado, após ser amplamente testada e aprovada para ser usada no torneio.
Schaik afirmou que a bola foi usada durante meses sem sofrer críticas e que os comentários sobre ela vinham sendo positivos.
O QUE DIZ A REGRA?

Veja abaixo o que diz o texto da Regra 2 – A Bola

A bola:
• Será esférica, de couro ou outro material adequado;
• Sua circunferência será de no máximo 70 cm e mínimo de 68 cm;
• Seu peso será de no máximo 450g e no mínimo 410g no início da partida;
• Sua pressão será equivalente a 0,6 - 1,1 atmosferas (600 - 1100 g/cm²) ou 8,5 - 15,6 libras ao nível do mar.
Em partidas de competição, será permitido somente o uso de bolas que correspondam às especificações técnicas mínimas estipuladas na Regra 2.
Nas partidas de competições da FIFA e em partidas de competições a cargo das Confederações e Associações Nacionais, está proibida todo tipo de publicidade comercial na bola, com exceção do emblema da competição, do organizador da competição e a marca autorizada do fabricante.
A diferença entre o maior e o menor diâmetro deve ser estar dentro dos limites mais rigorosos. Padrão aprovado pelo FIFA: diferença máxima de 1.5%

As medidas da bola fabricada pela Adidas são as seguintes:

PESO CIRCUNFERÊNCIA DIÂMETRO
440 gramas 69 centímetros Diferença máxima de 1.0%

Comparando-se as medidas exigidas pela FIFA e as medidas fornecidas pelo fabricante, podemos concluir que a bola Jabulani está em perfeita condição de uso para os jogos do Mundial na África do Sul a partir da próxima semana, não sendo necessária sua substituição.

sábado, 22 de maio de 2010

A FIFA altera a interpretação da Regra 14 e proíbe o “paradão” nas cobranças de pênalti a partir de 1º de junho de 2010

A International Board, órgão ligado à FIFA responsável pela regulamentação das regras do futebol, reuniu-se no último dia 18 de maio, em Zurique, e anunciou mudanças no texto da regra da cobrança de pênalti.



A partir de 1º de junho, está proibido a “paradinha” lance em que o jogador finge o chute para enganar o goleiro rival ao cobrar um tiro penal. A nova determinação já estará valendo na Copa do Mundo da África do Sul.
De acordo com o novo texto da Regra 14, o infrator deve ser punido pelo árbitro com o cartão amarelo. O cobrador do tiro penal poderá fazer paradas ao longo de sua corrida, mas uma vez que tenha chegado à bola, a cobrança deve ser imediata.
O novo texto referente à Regra 14 é o seguinte:
"Fintar na corrida para uma cobrança de pênalti para confundir os oponentes é permitido, entretanto, fintar ao chutar a bola, uma vez que o cobrador já encerrou sua corrida, é considerada agora uma infração à Regra 14 e um ato antidesportivo, pelo qual o jogador deve ser advertido."

Héber Roberto Lopes se antecipa e aplica nova lei da paradinha no jogo entre Vitória x Atlético GO pelas semifinais da Copa do Brasil



O Árbitro da FIFA Héber Roberto Lopes, eleito o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro em 2009, se antecipou as decisões tomadas pela FIFA na última terça-feira, em Zurique e a International Board, sobre a questão da paradinha.
A decisão de repetir a cobrança do tiro penal e advertir o goleiro Viáfara, do Vitória na última quarta feira em Salvador, está em perfeita sintonia com o novo texto da Regra 14 alterado pela FIFA. Porém o árbitro precipitou-se já que a nova regra será válida somente a partir do dia 1º de junho e até esta data, segue valendo a “paradinha”.
Para aumentar a discussão, o cartão aplicado ao goleiro do Vitória, é o terceiro na competição e com isso, ela está fora do primeiro jogo da final da Copa do Brasil contra a equipe do Santos.
Árbitros atrás dos gols
Outra decisão tomada pela International Board, diz respeito aos árbitros atrás dos gols.
A partir de agora, os países que quiserem poderão adotar mais dois árbitros auxiliares pelo período de dois anos, a partir de 1º de julho deste ano.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Os árbitros brasileiros em Copas do Mundo


Carlos Eugênio Simon


Arnaldo Cesar Coelho


Romualdo Arpi Filho

A Copa do Mundo de Futebol começa no dia 11 de junho na África do Sul e o árbitro escolhido pela FIFA para representar o Brasil será o gaúcho, Carlos Eugênio Simon, que aos 44 anos, se prepara para trabalhar em sua terceira Copa do Mundo consecutiva, fato inédito até então.

Carlos Eugênio Simon apitou dois jogos no Mundial no Japão / Coréia do Sul, em 2002. Foram dois empates: Inglaterra 1 x 1 Suécia e Itália 1 x 1 México.

Quatro anos mais tarde, no Mundial disputado na Alemanha, Carlos Eugênio Simon trabalhou em três partidas: Itália 2 x 0 Gana, Espanha 3 x 1 Tunísia e Alemanha 2 x 0 Suécia (Oitavas de final).

Para que Simon apite a final da Copa do Mundo da África do Sul este ano, a seleção brasileira deverá fracassar, pois um árbitro não pode trabalhar em uma partida que esteja envolvida a seleção de seu país de origem.

Em 1982, na Copa do Mundo da Espanha, a seleção brasileira foi eliminada pela seleção da Itália, porém Arnaldo Cesar Coelho colocou seu nome na história dos Mundiais, ao se tornar o primeiro árbitro brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo. Ele apitou o jogo no qual os italianos venceram os alemães por 3 a 1 e se sagraram tricampeões mundiais.

No Mundial seguinte disputado no México em 1986, Romualdo Arpi Filho apitou a decisão entre Argentina e Alemanha, vencida pelos sul-americanos por 3 a 2, sendo o último árbitro brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo.

domingo, 9 de maio de 2010

O cuidado com a saúde dos atletas




Uma tragédia marcou a sexta rodada do returno da Série B do Campeonato Carioca. O jogador Fred, do Mesquita, morreu na tarde deste sábado 08 de maio após sofrer uma parada cardíaca em campo durante a partida contra o Cabofriense, no estádio Alair Corrêa, em Cabo Frio.
Aos 30 minutos do primeiro tempo, o jogador de 26 anos caiu subitamente no gramado. Após ser atendido em campo pelo médico do Mesquita, o atleta foi levado pela ambulância que estava no estádio para o Hospital Central de Emergência de Cabo Frio, onde já chegou sem vida.
Este caso nos faz lembrar o ex jogador Serginho, do São Caetano, que também sofreu uma parada cardíaca durante a realização de uma partida pelo Campeonato Brasileiro de 2004 contra o São Paulo no Estádio do Morumbi.
Recentemente, o futebol mundial apresentou vários casos de jogadores que tiveram mortes súbitas no gramado. Os mais famosos, junto com o de Serginho, são os do camaronês Marc-Vivien Foe e do húngaro Miklos Ferrer.

Os dois morreram de parada cardíaca quando estavam atuando. Foe disputava a Copa das Confederações com a seleção camaronesa. Já Feher jogava pelo Benfica no Campeonato Português.
Após a tragédia com o Serginho, outras equipes abriram os olhos para a situação da saúde de seus jogadores e apenas no ano de 2004 dois clubes afastaram jogadores dos gramados para que estes se tratassem de doenças de coração. Este é o caso de Bebeto Campos, ex-Paysandu e de Emerson, ex-Grêmio. Além deles, outro caso famoso é de Filipe Alvim, que largou os gramados após uma passagem pelo Corinthians, alguns anos depois.
Os estádios brasileiros precisaram dar uma atenção maior à presença de ambulâncias dentro do gramado, e o árbitro da partida não pode iniciá-la, sem a presença de uma ambulância com desfibrilador e médico para cada 10.000 torcedores, uma exigência do Estatuto do Torcedor.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O dia que os árbitros foram “punidos”




No dia 10/07/1986, no estádio do Pacaembú em São Paulo, jogavam XV de JAÚ e Corinthians pelo Campeonato Paulista. Até então um jogo normal, não fosse a atitude do volante Dimas do XV.
Aos 25 minutos do segundo tempo, o árbitro com o cartão vermelho nas mãos prestes a expulsar o segundo jogador do XV na partida, o atleta Dimas inconformado com a atuação do árbitro, tomou uma atitude no mínimo curiosa:
Dimas tomou das mãos do árbitro o cartão vermelho, e literalmente o expulsou de campo, como a imagem mostra muito bem... é claro que depois de feito isso, Dimas é quem foi expulso por atitude antidesportiva.

Outro caso semelhante e mais recente ocorreu no dia 05/11/2008, no estádio do Engenhão no Rio de Janeiro. Jogavam Botafogo e Estudiantes da Argentina pela Copa Sulamericana.
Aos 25 minutos do segundo tempo, pouco depois de fazer o gol de empate, André Luis ficou no meio de um tumulto no meio-campo e, quando o árbitro puxou o cartão amarelo - o segundo - para expulsá-lo, o jogador tomou o cartão da mão do juiz e o amassou, fazendo gestos de raiva. Como no caso anterior, André Luis também foi expulso do campo de jogo.

domingo, 18 de abril de 2010

Racismo no Futebol


Na última quinta feira 15 de abril no estádio do Parque Antártica em São Paulo, as equipes do Palmeiras e do Atlético PR se enfrentaram pelo 1º jogo das Oitavas de final da Copa do Brasil 2010.
Porém, a polêmica após a partida por conta de um suposto ato racista do palmeirense Danilo contra o atleticano Manoel tomou conta do noticiário e deixou o resultado dentro dos gramados praticamente irrelevante.
Danilo cuspiu no rosto do adversário antes de uma disputa de bola e teria chamado-o de "macaco". Já o jogador do Atlético PR acertou uma cabeçada no palmeirense fora da disputa de bola além de pisar em outro rival. Manoel registrou Boletim de Ocorrência após o final da partida no 23º Distrito Policial, em Perdizes, por "injúria qualificada por racismo".

O QUE DIZ A REGRA?

Nos dois casos, tanto a cusparada e o xingamento do jogador palmeirense quanto o “pisão” e a cabeçada do jogador atleticano, são passíveis de expulsão pelo Árbitro da partida por serem considerados atos de agressão ao adversário, mas o Árbitro e seus Assistentes não viram os lances e os jogadores não foram advertidos.
A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou as imagens da briga entre os jogadores e de acordo com o procurador-geral Paulo Schmitt os atletas serão denunciados e podem ser suspensos previamente já nesta segunda feira afim de, evitar qualquer tipo de constrangimento ou incitar a violência, já que as equipes realizam a partida de volta das oitavas de final nessa próxima quarta feira.
Os atletas devem sofrer penas pesadas. Manoel deve ser enquadrado duas vezes no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por agressão física, pois confessou que pisou no rival de propósito durante o confronto além da tentativa de cabeçada em Danilo. A pena é de quatro a 12 jogos de suspensão.
Já Danilo deve ser denunciado com base no artigos 254-B e 243-G, por "cuspir em outrem" e "praticar ato discriminatório relacionado a preconceito em razão da cor". Sua punição pode chegar a 22 jogos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bang Bang!


Thomas Metzen virou celebridade por excesso de rigor às leis do futebol: o juiz tirou dois cartões amarelos do bolso, ao mesmo tempo, para punir jogadores de Mainz e Saint-Paul.
A cena aconteceu no dia 25 de novembro de 2008, pela Segunda Divisão do Campeonato Alemão.
Pouco antes do intervalo, Miroslav Karhan, do Mainz, cobrou uma falta rapidamente e acertou a bola nas costas de Florian Bruns, do Saint-Pauli.
Os jogadores discutiram no gramado e Metzen resolveu punir os dois. Para surpresa das equipes, o árbitro sacou dois cartões amarelos dos bolsos da camisa e os mostrou para Karhan e Bruns, na sua frente.
O técnico do Saint-Pauli, Holger Stanislawski, brincou com a situação e afirmou Metzen adotou um estilo “Velho Oeste” para punir os jogadores.

O QUE DIZ A REGRA?

Apesar de o Livro de Regras de Futebol não proibir o uso de dois cartões no mesmo lance e por isso o árbitro não ter infringido as Regras do jogo, a federação alemã o criticou e pediu para que nunca mais repita o gesto.